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sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Hermetismo e Maçonaria

Hermetismo e Maçonaria


Hermes é conhecido como o Mestre dos Mestres, Três vezes Grande, O Trimegistro. Seus ensinamentos estão presentes nas mais diversas religiões, ritos e tradições.

Esse vídeo irá falar sobre as ligações da ordem maçônica com o hermetismo.










E foi adaptado, assim como esse poste,  do artigo de Federico Gonzalez e está disponível no blog Alquimia Operativa.

No antigo manuscrito maçônico Cooke, da Biblioteca Britânica, lê-se nos parágrafos 281-326 que toda a sabedoria antediluviana foi escrita em duas grandes colunas. Depois do dilúvio de Noé, uma delas foi descoberta por Pitágoras, a outra por Hermes, os Filósofos, que se dedicaram a ensinar os textos ali gravados. Isto se encontra em perfeita concordância com o testemunhado por uma lenda egípcia, da qual já dava conta Manethon, um historiador e sacerdote egípcio.

É óbvio que essas colunas, ou obeliscos, semelhantes aos pilares J. e B., são as que sustentam o templo maçônico e, ao mesmo tempo, permitem o acesso ao mesmo e configuram os dois grandes afluentes que nutrirão a Ordem: o hermetismo, que assegurará o amparo do deus através da Filosofia, quer dizer do Conhecimento, e o pitagorismo, que dará os elementos aritméticos e geométricos necessários, que reclama o simbolismo construtivo; deve-se considerar que ambas as correntes são direta ou indiretamente de origem egípcia.


Igualmente que essas duas colunas, são as pernas da Mãe loja, pelas quais é parido o Neófito, quer dizer pela sabedoria de Hermes, o grande iniciador, e por Pitágoras, o instrutor gnóstico.

Outra referência é na mais antiga Constituição Maçônica editada, a de Roberts publicada na Inglaterra em 1722 (portanto anterior à de Anderson), é mais que a codificação de antigos usos e costumes operativos que derivam da Idade Média, e que serão desenvolvidos posteriormente na Maçonaria especulativa, menciona-se especificamente a Hermes, na parte chamada “História dos Franco-maçons”.
Hermes Trismegisto grego (o Thot egípcio), é uma figura tão familiar à Maçonaria dos mais distintos ritos e obediências como o poderia ser para os alquimistas, forjadores da imensa literatura posta sob seu patrocínio.

Não só o Hermetismo é o tema de abundantes pranchas e livros maçônicos, e inumeráveis lojas maçônicas se chamam Hermes, mas também existem ritos e graus que levam seu nome.

Assim, há um Rito chamado os discípulos de Hermes; outro o Rito Hermético da loja Mãe Escocesa de Avignon, Filósofo de Hermes é o título de um Grau cujo catecismo se encontra nos arquivos da “loja dos amigos reunidos de São Luis”, Hermes Trismegisto é outro grau arcaico do qual nos dá conta Ragón, Cavaleiro Hermético é uma hierarquia contida em um manuscrito atribuído ao irmão Peuvret onde também se fala de outro denominado Tesouro Hermético, que corresponde ao certo grau da nomenclatura chamada da Universidade, aonde existem outros como Filósofo Aprendiz Hermético, Intérprete Hermético, Grande Chanceler Hermético, Grande Teósofo Hermético , O Grande Hermes, etc.

Igualmente no Rito do Memphis existe um grau da série Filosófica que se chama Sublime Filósofo Hermético, e também um determinado grau do Capítulo Metropolitano é nomeado Maçom Hermético.

Não faltam tampouco na atualidade, em revistas e dicionários maçônicos, referências diretas à Filosofia Hermética e ao Corpus Hermeticum, onde esta se encontra fixada, senão que incluem analogias com a terminologia alquímica.
Hermes, gozou de supremo prestígio ao longo de distintos períodos da história da cultura do Ocidente. Isto foi assim entre os alquimistas e os chamados filósofos herméticos, e estas mesmas ideias se manifestaram na Ordem dos Irmãos Rosacruzes, influências todas que recolheu a Maçonaria a tal ponto que se lhe pode considerar como um depósito da sabedoria pitagórica e sua transmissora nos últimos séculos, assim como uma receptora dos Princípios Alquímicos, e também das ideias Rosacruzes, (9) o que é evidente quando à simples vista comprovamos que um dos mais altos graus no Rito Escocês Antigo e Aceito, o 18, denomina-se precisamente Príncipe Rosacruz. Igualmente analogias e conexões com as Ordens de Cavalaria são reclamadas por alguns maçons, concretamente com a Ordem do Templo.
Falta-nos mencionar um pouco mais à Alquimia como influência presente na Ordem Maçônica. Já assinalamos que Enxofre, Mercúrio e Sal, os princípios alquímicos, encontram-se diretamente incorporados, desde os primeiros graus.

A Alquimia tem em comum com a Maçonaria o desenvolvimento interior, tendente à Perfeição.

No simbolismo maçônico, tal como no Alquímico, o sol e a lua exercem um papel fundamental e os encontramos em lugares tão essenciais como nos quadros e na decoração das lojas maçônicas (em seu Oriente). Certamente que se trata dos princípios ativo e passivo, que também se correspondem às colunas Jakim e Boaz, que deste modo assinalam a oposição destas energias, ao mesmo tempo que sua conjunção num eixo invisível, do qual tende o prumo o Grande Arquiteto do Universo. Sem deixar de dar primazia a este significado geral, deve também se ter em conta a realidade destes astros, já que existe um calendário maçônico cujos dois pontos extremos constituem, como em quase todas as Tradições, os solstícios de verão e de inverno, sinalizando os pontos intermédios correspondentes aos equinócios na roda temporal, e nos introduzem na doutrina dos ritmos e dos ciclos.

Por isso que Hermes e o Hermetismo são referências habituais na Maçonaria, como o são também Pitágoras e a geometria. Por outra parte, ambas as correntes históricas de pensamento derivam através da Grécia, Roma e Alexandria, do Egito mais remoto, como em última instância acontece com toda Organização Iniciática, capaz de religar o homem com sua Origem. A loja maçônica, como se sabe, é uma imagem visível da loja Invisível, como o Logos é o desenvolvimento da Triunidade dos Princípios.
O Mestre Construtor leva sua loja maçônica interior a todas as partes, ele mesmo é isso, uma miniatura do Cosmo, desenhada pelo Grande Arquiteto do Universo. Mas a obra está inacabada. Necessita-se polir (com Ciência e Arte) sua pedra bruta tal como cinzelou o Criador sua Obra. Os números e as figuras geométricas simbolizam conceitos metafísicos e ontológicos, que também representam realidades humanas concretas e imediatas, tão necessárias como as atividades fisiológicas e, daí por diante, quaisquer outras.

A influência do deus Hermes, e as ideias do sábio Pitágoras não desapareceram totalmente deste mundo crepuscular que habitamos.
Definitivamente, os diversos componentes da Maçonaria deixam claro, que ela é a guardiã dos mais sagrados e antigos conhecimentos da humanidade.





Fonte: http://hermetismoymasoneria.com/

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