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terça-feira, 27 de setembro de 2016

Maçonaria vs Cristianismo

Por: Gabriel Wendel



A maçonaria sempre foi alvo de inúmeras especulações, que tentam denegrir a todo o custo sua estrutura tão forte e imponente. É considerada como a Ordem mais influente e poderosa do mundo.  A discussão sobre um evangélico pode ser ou não maçom já ocorre há muito tempo, e talvez você seja uma dessas pessoas que tenha essa dúvida. Quero deixar claro que de nenhuma forma meu objetivo é ofender a fé cristã, se eu fizesse isso seria um irresponsável e imprudente. Também não quero lhe propor uma verdade absoluta, quero apenas lhe convidar a refletir, questionar e por si só tirar suas conclusões.

Basta pesquisar no Google sobre a maçonaria que logo aparece associações com os mais diversos assuntos, por exemplo, satanismo, nova ordem mundial, simbolismo, ritual macabro, bode, etc. Isso não é de hoje, é normal que tudo que é desconhecido gera um desconforto, porém já podemos ver pesquisadores da ordem e os próprios membros falando mais sobre a maçonaria e logo permitindo que novos buscadores venham conhecer a filosofia. Muitos evangélicos são maçom e não acham divergências entre a maçonaria e o cristianismo, porém não quero ser omisso, para uma pessoa ter essa certeza terá que evoluir muito em sua concepção em relação à religião e a ordem maçônica. A partir desse momento irei me referir não somente a ordem maçônica, mas outras ordens iniciática, pois quase todas seguem os parâmetros que se seguirão logo abaixo, assim independente de você querer pertencer a Maçonaria ou outra ordem iniciática, como por exemplo, a Ordem Rosa Cruz, poderá então ter a mesma base.

Quero propor os principais tópicos que as pessoas usam para justificar que um cristão não pode pertencer a uma ordem iniciática.

·         É muito comum ouvi dois veículos que quase sempre são usados nas mais diversas situações.

“Ninguém pode servir a dois senhores; pois odiará um e amará o outro, ou será leal a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mâmon. Descanso na providência divina”
- Mateus 6:24

“Pois nada há de oculto que não venha a ser revelado, e nada em segredo que não seja trazido à luz do dia.”
- Marcos 4:22


Esse é um grande problema que iremos enfrentar agora, apesar de ter uma “única” palavra de Deus há diversos tipos de interpretações ou de forma bem nítida, usam versículos isolados para justificar qualquer coisa. Os versículos acima de forma alguma estão se referindo a quaisquer ordens iniciáticas e nem chega perto de sugerir algo do tipo.  Se a justificativa de não entrar em uma ordem iniciática é por causa de versículo, devemos lembrar que tem muitos outros que também devem ser seguidos arrisca, porém ai entre outra saída. Há momentos em que é conveniente usar o versículo para proibir algo e a momentos que se deve levar em conta o contesto histórico e cultural da época, ou seja, quando está escrito na bíblia que a mulher nem pode falar dentro da igreja, nesse momento não é levado em conta o lado literal. Por essas razões há inúmeras denominações de fé cristã, cada qual estipula o que deve ou não seguir.

Não quero usar essa situação para fechar o assunto, irei mais além. Muitos falam que não se deve entrar na ordem iniciática porque você irá servir outro deus, isso não é verdade; A ordem iniciática não é religião, e esse é o grande impacto que causa nos novos buscadores, é entender essa diferente. A ordem por si só é religiosa, porém não é religião. Nada é imposto tudo é proposto, ou seja, você irá estudar quase todos os assuntos, porém não é necessário seguir nada. Além disso, o Deus das ordens geralmente é um Deus Imensurável, não há uma forma, não ha palavras para definir algo tão grande e infinito. Em gêneses vemos Deus criar o homem sua imagem e semelhança, porém em alguns casos vemos o homem criar Deus á sua imagem e semelhança; muito defendem que Deus está somente em sua religião, que Deus está somente em sua igreja. É contra isso que as ordens se levantam, você será livre para adorar ao Deus do seu coração e de sua compreensão. O Grande Mestre Jesus nos ensina muito quando fala com a Mulher de Samaria, ela pergunta onde deve adorar ao Pai, no monte ou em Jerusalém. Jesus responde: “Deus é Espírito, e importa que os que adoram o adorem em espírito e em verdade”.(João 4:19-24).

Mais afinal como é visto Jesus nas ordens iniciáticas? Essa é principal questão, e irei tratar de forma mais simples possível. Muitos que pesquisam sobre essa situação se deparam com a seguinte informação: Jesus não é visto como filho de Deus, ele é equiparado aos outros profetas e sábios! Devo admitir que isso gera um desconforto, porém isso acontece porque ninguém fala claramente, e o motivo é simples. Como já disse antes as ordens iniciáticas não são religiões, então não há motivo para ter Jesus como uma divindade, e isso não é algo tão anormal assim, por exemplo, o palestrante Daniel Godri e Willian Douglas usam Jesus para ilustrar um grande líder para a área administrativa, de nenhuma forma eles estão diminuindo a divindade de Jesus, simplesmente eles entendem que seu público não está ali para ouvir Jesus como um Deus, mas sim como um líder “profissional”. Dessa forma que as ordens estudam Jesus, devemos lembrar que há inumaras pessoas que são de diversas religiões que pertence à ordem, não faria sentido ter Jesus como Deus. Além disso, em nem um momento você será questionado por tê-lo como tal.

Ritual - A palavra ritual é o grande fantasma das pessoas, pois leva a imaginar muitas coisas que de longe é o que realmente é. O ritual que se fala nas ordens muitas vezes é algo simbólico, tudo que você faz de forma repetida para um determinado propósito se torna um ritual, claro que também está ligado à religiosidade e cerimônia. Basicamente o ritual é para demonstrar de forma ilustrada e teatral os ensinamentos que você recebe, dessa forma é bem mais impactante e didático. No cristianismo os costumes de casar, batismo na água, santa ceia, oferta, festividades, etc. São todos rituais da religião e não necessariamente ligado à adoração a Deus.

Veremos o que Deborah Lipp escreve no livro Ritos de Passagem de Claudiney Prieto:

“Os Rituais, tradições, costumes são uma necessidade humana básica. Ritualizamos acontecimento como um meio de entendê-los. Quando mais difícil e confuso for o evento, maior é a necessidade para um ritual. ”



Dessa forma podemos agora compreender o que também significa as iniciações. Todas são marcadas por um ritual para demonstrar o fim de um ciclo e o inicio de um novo ciclo. Vemos isso na apresentação de bebês na igreja, funeral, formatura de faculdade. Esse é o motivo para uma iniciação.
Naturalmente a religião irá te impedir de conhecer qualquer outra coisa, pois ela é formalizada por dogmas e geralmente carrega uma verdade absoluta, entretanto a lei do progresso vem complicando cada vez mais esses dogmas, não é difícil perceber coisas que eram proibidas nas igrejas e hoje já são vistas como algo comum, dessa forma além de cada uma interpretar a palavra de Deus, os dogmas também são divergentes. Aqueles que se titulam fundamentalista se pegam pensando em qual caminho de fato deve seguir, mas o objetivo não é somente o caminho, é saber onde quer chegar; no livro Alice Nos País das Maravilhas ilustra essa situação:


“No decorrer da viagem, Alice encontra muitos caminhos que seguiam em várias direções. Em dado momento, ela perguntou a um gato sentado numa árvore:
- Podes dizer-me, por favor, que caminho devo seguir para sair daqui?
- Isso depende muito de para onde queres ir - respondeu o gato.
- Eu não sei.
O gato, então, respondeu sabiamente:
- Sendo assim, qualquer caminho serve.”



Por esse motivo bem no início informei que muitos evangélicos são maçons, mas esses já transcenderam ao cerne da religião. Eliphas Levi, escreva em seu livro A chave dos Grandes Mistérios algo muito inspirador.


“Deus é o objeto absoluto da fé humana. No infinito, é a inteligência suprema e criadora da ordem. No mundo, é o espírito da caridade. ”



Para finalizar quero propor dois vídeos que certamente ajudará ainda mais sua busca, são vídeos bem equilibrados que abordam de uma forma distante a situação, deixando a oportunidade de você tirar suas conclusões.


  
Fontes:
Livro:
A chave dos Grandes Mistérios – LEVI, Eliphas, Pensamento.
O que deve saber um Mestre Maçom, Papus,14.ed, São Paulo, Pensamento, 2011 (Coleção Biblioteca Maçônica Pensamento).
          Rito de passagem, Claudiney Prieto,2004.

Debate Evangélico - Maçom X Ex-Maçom – COMPLETO
Vejam Só! - A Maçonaria é compatível com a fé cristã?



quinta-feira, 15 de setembro de 2016

O que torna sua vida feliz?




Quando alguém te pergunta: O que torna sua vida feliz?



O ser humano tende a quantificar tudo em sua volta, logo você chegará à conclusão que: o que fez o seu dia feliz foi alguns momentos do mesmo. Um momento que você está com alguém, um momento que reencontrou alguém, algo que te fez sorrir e todas as coisas que possibilitam a elevação do seu estado. É isso chamamos de alegria. Toda essa elevação nos leva a aceitar que é consequência do amor. Ora! Se a vida vale apena é porque amamos!

O amor é algo complexo. Você sabe exatamente o que sente quando está triste, você sabe exatamente o que é a dor, mas quando você reflete sobre amor, é deferente. Quando alguém disser que te ama, interpele!...Por que você ama? Para que amar? O que sentes?

Naturalmente seguirei a fala do Prof. Clóvis para desvendar esse sentimento, tomarei como base três grandes pensadores: Platão, Aristóteles e por ultimo, porém não menos importante Jesus.

Platão diz que amor é o desejo! Amamos o que desejamos.

Amamos o emprego que não temos; amamos o carro que ainda não temos, isto pode ser sintetizado no ditado popular: “A grama do vizinho é sempre mais verde!”. O capitalismo tem muito a agradecer ao amor de Platão, por que aquilo que você compra não tem valor nenhum, você estará sempre condicionado a desejar mais! Platão deu a esse sentimento a palavra “Eros”. Claro que você irá questionar: Que absurdo! Dizer que o amor é somente o desejo. Isso porque, é o mesmo que afirmar que: se você ama alguém é porque deseja, e se esse desejo acabar, o amor também acaba. Talvez esse possa ser um motivo pelo qual tantos relacionamentos não deram certos, porque o amor era somente um desejo.

Nesse momento Aristóteles nos convida a uma reconciliação com o presente. Sócrates diz que devemos amar o que já temos. Viver o seu momento, ser feliz com algo que já temos e ser feliz com si próprio. A esse amor Aristóteles chama de “Filia”, mas não tem como ter alegria o tempo todo!

Jesus agora nos apresenta um novo amor, o amor “Ágape”. Algo que Éliphas Lévi diz em seu livro “A Chave dos Grandes Mistérios” que é o gesto mais elevado do homem, e uma condição que é extraída do próprio amor do criador, o fundamento que todas as religiões deveriam se apoiar; para isso Levi chama de Caridade. O amor ágape é colocar a felicidade do outro à sua frente, está diretamente ligado ao ato e não a um sentimento como costumamos achar. Quando o mestre Jesus diz que: “Devemos amar o nosso inimigo”, ele não está falando para ter sentimento por ele, mas trata-lo como nós gostaríamos de sermos tratados, James C. Hunter nos ensina no livro: O Monge e o Executivo.

Vemos o amor ágape em muitos lugares, por exemplo: se acontecer um incêndio algumas pessoas após se salvarem, voltam para tentar salvar outras pessoas, arriscando suas vidas, muitas vezes por impulso.

Eis aqui um segredo para a vida! Devemos sempre ter um objetivo, devemos desejar sempre algo, porém não podemos deixar a vida passar tentando viver um futuro. Devemos procurar algo que nos tragam alegrias para o dia a dia. Devemos agradecer por algo que já temos, mas para transcender devemos olhar para o próximo, só assim o homem compreende a vida.



Bibliografia:



Palestra de Clóvis de Barros Filho: https://www.youtube.com/watch?v=iFhwMrbHt3o


Hunter, James, O Monge e o Executivo, Sextante.


Lévi, Éliphas, A Chaves dos Grandes Mistérios, Pensamento.




Meu blog: http://gabrielwendel.blogspot.com.br/


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sábado, 10 de setembro de 2016

      
      Gestão orçamentária e financeira pública. 


#meumundoéazul







Primeiramente, quero agradecer ao evento que aconteceu na UNIABEU – Centro Universitário, que me possibilitou a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre o vasto campo da administração. Quero aproveitar e agradecer a Coordenadora do Curso de Administração, Teresa, pela sua iniciativa e como conduziu o evento com muita destreza, agradeço também o Palestrante Carlos Vivas por conseguir passar todas as informações de forma tão dinâmica e rica. O tema me ofereceu uma perspectiva totalmente nova: A importância da gestão orçamentária e financeira pública e o 3º setor. 



A todo o momento vemos na televisão, jornais e revista, matérias e mais matérias sobre a crise que assola nosso país. É comum simplesmente que culpemos os políticos pela corrupção, é claro que esse é um fator, porém devemos lembrar a importância de uma boa gestão orçamentária e financeira. Afinal gastaram mais do que podem pagar, assim seria obvio que alguma coisa daria errado, afinal a matemática é uma ciência que não pode ser questionada.

Em 1988 a Constituição Federal estabeleceu o capítulo II - DAS FINANÇAS PÚBLICAS, do Título VI – DA TRIBUTAÇÃO E DO ORÇAMENTO, definindo assim as diretrizes orçamentárias e financeiras da administração pública, isso só demonstra o quão importante é ter um sistema eficiente como esse.

Nos dias que se seguem estamos no período de eleições para vereadores e prefeitos, e não é raro encontrar alguém prometendo, por exemplo, passagens de transporte público gratuito, a pergunta é: Como essa pessoa irá fazer isso? O fato é que o dinheiro tem que sair de algum lugar, seria impossível alguém conseguir cumprir uma promessa como essa. E é nesse momento que percebemos outra questão: O planejamento, ou as promessas dos políticos quase nunca são realizadas,  isso porque eles oferecem uma coisa e entregam outra coisa totalmente diferente.

A correta gestão pública é baseada na execução orçamentária e financeira eficiente, ou seja, a coerência entre o que foi planejado e o que será realmente realizado. Acredito realmente que o grande problema é a falta de  profissionais que atuem na área pública com uma visão de gestores. Não basta eleger pessoas que conseguem um atendimento (jeitinho brasileiro) para você, não basta eleger pessoas que é um “amigo da comunidade”, não basta colocar pessoas que só sabem prometer um paraíso que jamais irá existir. É importante saber que a democracia  é o sobrenome do nosso Brasil e segundo o art. 1.º da CF 88, constitui-se em uma República Federativa, defende que todo o poder emana do povo e, por isso o Estado deve atender as necessidades legítimas da sociedade. Quero lembrar que atender necessidades não é atender vontades. Vontade é atender interesses pessoais, necessidade é atender aquilo que a sociedade de fato precisa.

A única forma de criarmos um país melhor é participando ativamente da nossa política e seus processos. É necessário saber e conhecer todos os nossos deveres e direitos. 


O art. 3º da CF estabelece os objetivos fundamentais da República brasileira, a saber:

I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II - garantir o desenvolvimento nacional;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
  






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